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Chegada da Ho'oponopono - a primeira canoa havaiana OC-6 da Ilha do Governador



Dilúvios na véspera, muita chuva em toda o Rio de Janeiro, chuva torrencial com raios e sistema Alerta Rio anunciando estágio de atenção. Passei a semana inteira entrando no WindGuru para ver a previsão do tempo para o Domingo. Era difícil acreditar que a chuva iria dar uma trégua, mas o Windguru não costuma errar.


Remada de Sábado no Carioca Va'a, na Urca, aproveitamos para montar duas canoas que estavam na carreta, retornando de competições. Uma delas, a Ho'oponopono*, foi emprestada pelos amigos do Carioca para viabilizar o início das atividades do PILIALOHA VA'A na Praia da Bica, Ilha do Governador, até a chegada da nossa primeira canoa para a inauguração oficial do novo núcleo de va'a.


Uma travessia estimada em 17km (que acabamos não medindo no GPS) com previsão de maré vazando e corrente contra durante todo o percurso. Deu certo juntar os amigos de boa vibe Marcela, Careca, Cadinho e Luiz Fernando dispostos a encarar esta remada comigo e Diego, mesmo sabendo que o "meio de campo" não era dos melhores, já que a qualidade da água da baía de Guanabara nas imediações do porto e da ponte Rio - Niteroi costuma ser péssima.


Saímos da Urca por volta das 6:30. Apesar das fortes chuvas do dia anterior, a água estava melhor do que esperávamos. Com uma tripulação que não aprendeu a remar ontem e rema forte, a Ho'oponopono fluiu com sincronia e bom ritmo. Eu no leme consegui remar a maior parte do tempo, fazendo poucas correções de rumo, mais para minimizar os efeitos da corrente contra e aproveitar um pouco da ondulação de sul.


Passamos pelo canal da Escola Naval quase impunemente (não fosse um oficial chamar atenção de que era área de navegação restrita, que logo se deu por satisfeito com o Careca batendo continência e jurando que nunca mais passaríamos ali). Na Praça XV, pressão na remada devido ao tráfego de barcas - uma passou em nossa frente rumo a Paquetá, pressão mantida até a ponte, onde demos uma parada para beber água e lamentar a situação da Gunabara às vésperas da Olimpíada. De lá, retomamos o ritmo forte gradativamente, passando entre rebocadores e outros navios, rumo à Praia da Bica.


Chegamos ao nosso destino por volta das 8:15, recebidos pela Lu Guerra que fotografou esse momento histórico. Uma canoa polinésia, embarcação com mais de 3 mil anos de história que foi o principal elo de ligação entre as ilhas do pacífico, chega à Ilha do Governador trazendo um pouco da cultura dos insulanos, dos caiçaras, dos pescadores tradicionais, dos atletas e dos apaixonados pelo mar de todas as partes do planeta. Uma canoa havaiana, que chega para resgatar o domínio do insulano sobre o espelho d'agua, promover o trabalho em equipe, o cuidado com o corpo e a mente. PILIALOHA!


*Ho'oponopono é uma palavra havaiana cujo significado, em livre tradução, remete a "tornar certo", "reconciliar", "resgatar". É uma expressão que define uma antiga prática havaiana de cura e reconciliação, praticada no âmbito das relações entre os indivíduos, sobretudo em âmbito familiar. A canoa recebeu este nome por ter sido a primeira canoa OC-6 do Carioca Va'a após o fortalecimento e formalização do clube através da associação de seu fundador, Marcelo Depardo, com uma diretoria estendida inicialmente formada por Léo, Abaeté, Cadinho, Igor e Edgar.


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